domingo, 24 de fevereiro de 2008

"Não Tenha Medo"...

O profeta Eliseu, guiado por Deus, estava derrotando o exército sírio sozinho. Cada vez que eles se preparavam para atacar Israel, o profeta avisava o rei israelita, que conseguia emboscar o inimigo antes que atacasse. O rei da Síria suspeitava que houvesse um espião em seu próprio governo, mas era assegurado por seus homens que Eliseu era o responsável por suas derrotas. O rei declarou guerra a Eliseu. Durante a noite, seu exército cercou a cidade onde o profeta vivia.

O jovem que trabalhava com Eliseu levantou-se muito cedo na manhã seguinte e viu as tropas cercando a cidade. Ele ficou assustado e correu a Eliseu: "O que vamos fazer?" (2 Reis 6:15, BLH). Com seus olhos naturais, ele viu a insuperável força do inimigo e sua própria fraqueza. Mas Eliseu viu a situação de modo diferente. De seu ponto de vista espiritual, o exército não representava uma ameaça. Ele confortou o jovem: "Não tenha medo, pois aqueles que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles" (2 Reis 6:16, BLH). Eliseu e seu servo não feriram ninguém naquele dia. Deus entregou o exército sírio nas suas mãos e ele deixou que fosse para casa em paz. Aqueles soldados e o povo de Israel aprenderam uma forte lição: Deus é maior do que qualquer inimigo que enfrentamos.

Precisamos lembrar a mesma lição quando nos levantamos para enfrentar problemas insuperáveis. Deus nos assegurou que o socorro está disponível. Precisamos abrir nossos olhos e ver como ele nos tem ajudado. Considere como nossos aliados são mais numerosos e poderosos do que as forças do diabo. Quando enfrentamos tentações, perseguições e outros obstáculos que ameaçam nosso bem-estar espiritual, podemos recorrer às muitas fontes de socorro que Deus tem provido. Os cristãos fiéis podem nos auxiliar (Efésios 4:11-16). O Espírito Santo intercede pelos filhos de Deus (Romanos 8:26-28). Jesus vive para nos auxiliar a superar o mal (Romanos 5:8-11). E nosso Pai celestial nos protege e socorre (Romanos 8:31-39). Verdadeiramente, aqueles que estão conosco são mais numerosos do que os inimigos!

(por Dennis Allan)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A resposta de Deus ao problema da solidão

Você já reparou quantos quadros apresentam ilhas desertas? Você olha o desenho e lá estão duas pessoas, náufragos ou abandonados, naquela ilhazinha, embaixo das palmeiras. Dizem os psicólogos que muitas vezes em nossa vida, nos sentimos como náufragos numa ilha deserta. Nessas ocasiões estamos como que aprisionados num círculo de solidão, sentimo-nos totalmente abandonados, sem pessoa alguma a quem possamos recorrer ou de quem possamos depender. É a solidão!

Todos nós estamos sujeitos à solidão, e a Bíblia nos mostra a resposta de Deus a este problema. E muitas são as causas que provocam a solidão. Mas seja qual for a causa da solidão, saiba que Deus está interessado em nós. A solidão não é simplesmente conseqüência da ausência de pessoas, porque a multidão muitas vezes é o lugar mais solitário. Vocês que já viajaram, sabem disso. Você está cercado de pessoas, mas sente a tristeza da solidão. Isto acontece porque a solidão não depende do número de pessoas que estão com você em determinado lugar, mas do relacionamento que você tem com estas pessoas.

Não é o número de pessoas que determina o seu sentimento de solidão, mas o seu relacionamento com alguém. Encontramos na Bíblia a história de pessoas que experimentaram a solidão, mas que encontraram a solução para este problema.

O profeta Elias é uma destas pessoas. Em seu tempo, a rainha Jezabel tinha introduzido deuses pagãos na vida religiosa de Israel, que foram aceitos pelo povo. Para agradar sua mulher Jezabel, o rei Acabe deu-lhe autoridade sobre assuntos religiosos, e mandou construir ídolos e templos aos deuses dela. Acabe igualou o culto a Baal ao culto a Jeová. Então, Deus enviou Elias. O profeta destemidamente denunciou o pecado que todos haviam cometido, abandonando Jeová. E por causa da pregação de Elias, Jezabel decidiu matá-lo. Então, Elias fugiu para o deserto e se escondeu em uma caverna. "E lhe veio a palavra do Senhor dizendo: Que fazes aqui Elias?" (1 Reis 19:9).

A sua solidão era real, palpável, pois ele se sentia triste, desanimado e derrotado por não ter absolutamente ninguém ao seu lado. Foi então que Deus começou a resolver o problema de Elias. A primeira providência que tomou foi Ele próprio revelar-se ao profeta. Elias tinha que aprender a lição de que um homem que conhece ao Senhor nunca está só, pois Deus prometeu ser um auxílio bem presente na angústia. E na escuridão e na solidão da caverna Deus estava lá. Deus estava se revelando a Elias naquela solidão, mas ele estava tão desconsolado que parecia ter perdido a capacidade de buscar a Deus através da oração. Ele estava enfraquecido pela solidão e pelo desespero. Então, Deus veio em seu auxílio e lhe revelou a sua presença. A consciência da presença de Deus em nossos corações é o primeiro passo para vencermos a solidão. Este princípio é ilustrado na Bíblia em diversas ocasiões.

Em Deuteronômio 31:6-8, encontramos Moisés falando a Josué. Estava se aproximando a hora da morte de Moisés e Josué tinha sido escolhido para assumir o comando do povo de Israel. Então Moisés lhe disse: "Esforça-te e anima-te, pois com este povo entrarás na terra que o Senhor jurou a teus pais lhe daria, e tu os farás herdá-lo. O Senhor é que vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará. Não temas; não te espantes" (Dt 31:7-8). Repare que, por duas vezes, vemos a promessa de que Deus não vai desamparar Josué. Moisés tinha avisado Josué sobre a sua morte; era natural que o sentimento de solidão se abatesse sobre Josué. Mas Moisés tranqüilizou Josué: "O Senhor será contigo, não te deixará, nem te desamparará". O sentimento de solidão podia ser dissipado com a promessa que Deus não o deixaria só.

O segundo passo para vencermos a solidão é a atividade espiritual. Voltemos ao profeta Elias. "Disse-lhe o Senhor: vai, volta pelo caminho para o deserto de Damasco. Quando lá chegares, unge a Hazael rei sobre a Síria". Nos versículos 16 a 18, Deus determina a Elias uma tarefa e o adverte em não ficar escondido na caverna. Ele deve empenhar-se na realização do trabalho que lhe foi determinado. Quando estamos ocupados realizando a vontade de Deus, podemos sentir sua presença e sua aprovação bem dentro de nós. Ociosidade não é a vontade de Deus para o homem. Há um terceiro passo no versículo 18: "Também conservei em Israel 7.000 – todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou". Elias sentia-se sozinho porque julgava ser o único que amava a Deus. Mas Deus lhe disse que saísse e fosse se ajuntar a outros que também amavam a Deus, o mesmo Deus a quem ele amava. Quando encontrasse outros com a mesma fé e o mesmo amor, haveria uma aproximação e uma comunhão que iria dissipar a solidão que ele havia sofrido enquanto estava sozinho na caverna.

Muitos se entregam à solidão porque não querem empregar seu tempo nem se dar ao trabalho de encontrar uma oportunidade de comunhão com aqueles que compartilham da fé e do amor de Deus. Este é o terceiro passo para vencer a solidão: Manter comunhão com os que amam o Senhor.

Conclusão: A maioria dos conselhos populares e de orientação técnica para a cura da solidão começa dizendo que a pessoa deve se ocupar com alguma coisa, deve andar sempre com as mãos ocupadas. Mas isto é atacar o problema partindo de uma premissa completamente errada. Deus não mandou que Elias primeiro ficasse ocupado e depois encontrasse alguns amigos. Deus começou revelando a sua presença. Qualquer atividade ou amizade que você estabeleça sem considerar a presença pessoal de Cristo na sua vida, nunca poderá satisfazer sua necessidade. A resposta de Deus ao problema da solidão é compreender e aceitar a verdade maravilhosa e abençoada de que Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo moram nos filhos de Deus. E assim Deus está pessoalmente presente. E onde Deus está, não há motivo para solidão. Deus tem um trabalho determinado para cada um de nós e quando nos ocupamos em executá-lo sentimo-nos libertos da solidão. Finalmente, através da comunhão com aqueles que professam o amor e a fé em Deus, nos libertamos da solidão. Quando tentados a nos escondermos em nossas cavernas, como Elias, que possamos experimentar a presença real de Deus em nossas vidas. Deus está no teu coração. Você não está só.

(por Eude Martins da Silva)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Um Modo Diferente De Ser

É muito mais fácil liderar homens ao combate de guerra do que acalmá-los e dirigi-los para o paciente e doloroso parto da paz. (André Gide)


Não importa o que venha a surgir em seu caminho no dia de hoje, tenha como autodeterminação principal uma resposta pacífica. Existe um poder fora do comum na pacífica serenidade. Existe um poder silencioso porém irresistível, no caráter de quem, a despeito das injustas agressões e ataques que porventura venha a sofrer, segue em frente com os olhos voltados para Aquele que tem planos e propósitos maiores e incomparavelmente melhores que os nossos.

Mas não é fácil agir assim. A tendência natural do ser humano é buscar os seus próprios interesses. Além disso, o ser humano pensa que o poder se revela através da ira, do descontrole, da vingança, da violência. E para responder pacificamente às provocações são necessários disciplina e muito esforço.

Não permita que outras pessoas venham ditar qual venha a ser o seu nível de stress e ansiedade. Não permita que outras pessoas venham controlar as suas ações. Responda calma e pacificamente. Mantenha a sua compostura. Mantenha o seu controle. Que a sua primeira resposta seja sempre pacífica, porque ao agir desta maneira você crescerá em eficiência e alargará os seus horizontes.

Lembre-se de que o maior de todos os poderes é sempre demonstrado em paz e comedida resposta. Esse decididamente é um modo diferente de ser.

(por Nélio DaSilva)

Aparta-te do mal e pratica o que é bom; pratica a paz e empenha-te por alcançá-la (Salmos 34:14).

domingo, 10 de fevereiro de 2008

E a resposta? CADÊ?

Você espera algo de seu próximo
enquanto ele espera algo de você.
Você quer receber amor da parte dele,
enquanto ele procura muito uma manifestação
do amor de Jesus Cristo em sua vida.
(Wim Malgo)



A preocupação com sua própria vida e com seu bem-estar pessoal é algo natural, instintivo e, muitas vezes, independe de sua vontade. Por essa razão, pode parecer um tanto difícil cumprir as recomendações bíblicas de "amar ao próximo como a você mesmo", ou de "carregar a carga de outras pessoas".

Observe, entretanto, que quando você busca Deus em favor de alguém, ou alguém faz isso em seu favor, estará ocorrendo a concordância entre duas pessoas para que algo de bom e abençoado se materialize.

Considere essa promessa divina sobre a concordância nas petições dirigidas ao Senhor e tenha certeza de resposta para tudo que buscar em oração.

"...se dois de vós concordarem ...acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito" (Mateus 18:19).

(Trecho extraído do livro "Ouvindo a Deus", de autoria do Pr. Elcio Lourenço)


"Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber" (Atos 20:35).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

As amizades e sua influência

Uma das coisas que mais prezamos na vida são nossas amizades. Raramente encontramos pessoas que não valorizam seus amigos e não se satisfazem no fato de que são bons amigos. Aqueles que valorizam suas amizades e se esforçam para serem bons amigos estão agindo de acordo com o ensino da Escritura Sagrada.

A Bíblia apresenta as relações de amizade como algo de extrema importância para o homem. Segundo ela, aquele que insiste em viver sozinho, sem a companhia de pessoas amigas, não está vivendo de maneira sábia. O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria (Pv 18:1). Boas amizades, segundo a Bíblia, trazem força e alegria. O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos (Pv 15:30).

Um ditado popular sobre as amizades talvez tenha sido a frase que mais ouvi durante a minha infância. Cresci ouvindo minha mãe dizer: “Diga com quem tu andas e direi quem tu és”. Confesso que durante a infância não dava tanta importância a ele, mas aos poucos descobri que esse é também o ensino bíblico a respeito das amizades. O provérbio bíblico que concorda com esse ditado popular é: Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau (Pv 18:20).

As amizades possuem pelo menos dois impactos em nossa vida. Em primeiro lugar, as amizades são reveladoras de nosso próprio caráter. As pessoas com quem temos prazer de conviver são aquelas que têm os mesmos interesses e desejos que nós. Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo? (Amós 3:3). Em segundo lugar, as amizades influenciam diretamente a nossa conduta. Quer queiramos, quer não, conscientemente ou não, as amizades influenciam a nossa maneira de enxergar a vida e de vivenciá-la. Nossos amigos, via de regra são as pessoas com quem buscamos conselhos e orientação para enfrentar os problemas da vida; são os ouvidos que nos ouvem e a boca que por vezes nos direcionam nos caminhos que percorremos em nossa existência.

Segundo a sabedoria bíblica, as amizades têm tamanha influência em nosso proceder que podem inclusive nos fazer transigir com nossos princípios. Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para que não aprendas as suas veredas e, assim, enlaces a tua alma (Pv 22:24-25). Por isso, o critério mediante o qual escolhemos nossas amizades é muito relevante.

Normalmente escolhemos nossas amizades seguindo o critério da afinidade. As pessoas que mais têm coisas em comum conosco, e com quem mais nos simpatizamos num primeiro contato, são, via de regra as que escolhemos para nossos amigos. Mas esse não é o critério bíblico para a escolha de amizades saudáveis. A sabedoria bíblica se preocupa com as pessoas que escolhemos como nossos amigos e, por isso, com base no caráter, estabelece critérios para a escolha de uma boa amizade.

Segundo o livro dos Provérbios as características de um mal amigo, de quem se deve fugir, são: violência (Pv 22: 24-25), intemperânça (Pv 23:20), rebeldia (Pv 24:21), falsidade (Pv 27: 5-6), bajulação (Pv 28:23), difamação (Pv 16:28), criação de contendas (Pv 6:16-19).

Por outro lado, Provérbios apresenta também as características de uma amizade saudável, as quais todo cristão deve cultivar em suas amizades. São elas: lealdade (Pv 27:10; Pv 17:17), aconselhamento mútuo (Pv 27:9; Pv 12:26), perdão (Pv 17:9), honestidade (Pv 27:5-6), utilidade para o aperfeiçoamento (Pv 27:17) e reconhecimento de limites (Pv 25:17; 26:18-19).

As amizades são muito importantes para a nossa vida nesse mundo. No entanto, pela sua influência inevitável, elas podem ser benéficas ou maléficas para o desenvolvimento de nossa vida. Por isso, preocupe-se com duas coisas em relação às suas amizades. Tenha critérios bíblicos para escolher bons amigos, e seja um amigo de acordo com os critérios da sabedoria de Provérbios.

(por Filipe Fontes)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Deserto: Centro de Formação...

Depois de 40 anos de vida palaciana, no Egito, Moisés foi obrigado a fugir do palácio de faraó e viver no deserto, por ter matado um egípcio em defesa de um hebreu. Até essa experiência com o Senhor no monte Horebe, ele viveu mais 40 anos no deserto. Para muitos, um desastre, um tremendo castigo. Como muitos, Moisés deve ter-se achado um fracasso. “Caiu” de príncipe no palácio, para pastor de ovelhas no deserto. Mas o que ele não sabia, como muitos não sabem, é que Deus tinha Seus planos, e os planos de Deus não são de fracasso, mas de vitórias e conquistas. Moisés estava num deserto sim, porém estava nos planos de Deus.

Deus pode usar um deserto para formar seus nobres, valentes e conquistadores! Deserto não precisa ser local de fracasso, mas o grande laboratório de Deus para forjar a fé e um caráter de excelência em seus filhos. Por isso, nenhum deserto é em vão, e muito menos um instrumento para a nossa derrota, se estivermos nele sob as mãos do Deus Todo-Poderoso. Parece que Deus reserva coisas muito especiais para os Seus filhos e filhas na geografia do deserto. Nosso Deus é o Deus de Canaã, do Paraíso, da fartura e abundância sobrenaturais, mas também é o Deus dos desertos e tem Seus mistérios com esses desertos na vida dos Seus amados.

ALGUNS PROPÓSITOS DE DEUS COM OS DESERTOS

É evidente que em cada deserto podemos nos encontrar com Satanás e seus ardis. Afinal, sendo ele um oportunista execrável, jamais perderia uma oportunidade de nos encontrar fragilizados ou desconfortáveis, como geralmente ficamos nos tempos do deserto. É que nessas circunstâncias corremos o risco de ficarmos mais vulneráveis, abalados e descontentes, predispostos, portanto, a desistir, murmurar, blasfemar e quebrar alianças com Deus e Seu povo, tornando-nos alvos ampliados para o maligno.

Mas, independente das ações malignas, no deserto também há inúmeras oportunidades de Deus trabalhar em nossas vidas. Por meio dos desertos, o Senhor quer nos aprovar na fé e nos tratar quanto ao caráter cristão. Assim, em vez de nos fixarmos no maligno durante os tempos de deserto, devemos nos voltar para o Senhor e buscarmos crescer na fé e no caráter cristão.Para nos fazer crescer na fé e no caráter, há pelo menos três aspectos fundamentais que Deus quer trabalhar em nossas vidas com os tempos de deserto:

a) Deus quer Se revelar a nós: O deserto tem o poder de nos quebrantar, humanizar e fragilizar, aumentando a nossa dependência de Deus, buscando nEle a provisão que necessitamos. Todo deserto tem o poder de nos revelar aspectos de Deus que ainda não conhecíamos. É justamente no tempo de deserto, que muitos cristãos crescem no conhecimento de Deus e na revelação da Sua vontade. O Senhor usa o deserto para que nossas experiências espirituais com Sua graça e poder sejam aprofundadas. Deserto é lugar de vermos as maravilhas de Deus e conhecermos o Deus das maravilhas.

b) Deus quer nos revelar a nós mesmos: Outro aspecto do deserto é que ele tem o poder de tirar as nossas máscaras. É na hora da crise que mostro o meu verdadeiro caráter. Na hora das dificuldades e apertos é que mostro quem verdadeiramente eu sou. A caminhada no deserto revela o que está em mim, mesmo o que está no lugar mais escondido da minha alma. Os desertos são o fogo revelador das impurezas da minha vida e, se eu deixar, poderão se tornar o fogo purificador do meu caráter. O Senhor sabe, como o bom Lavandeiro das nossas vidas, que através do deserto eu terei a oportunidade de me conhecer como realmente eu sou e, com isso, expressar meu desejo de mudar.

Assim como o deserto me confronta com a soberania de Deus, também me confronta com a minha realidade existencial, revelando o quanto falta a mim para ser o que eu realmente quero ser aos olhos de Deus. O deserto tem o poder de colocar um grande espelho espiritual diante de mim, capaz de me mostrar as minhas entranhas e recantos mais escuros e escusos da minha vida. Nesse aspecto, Deus usa o deserto como um fogo que revela e purifica o meu caráter de cristão.

É muitas vezes através dos desertos que o Senhor pode tocar em áreas nobres de nossas vidas, refinando tanto a nossa visão como a nossa audição espiritual, trazendo-nos níveis de revelação que ainda não havíamos experimentado. É também nos caminhos do deserto, que o Senhor pode nos encher tanto dEle mesmo, que tenhamos mentalidade e determinação nobres, portando-nos como verdadeiros nobres no deserto.

c) Deus quer revelar os Seus propósitos para nós: Porque o Senhor pode, através do deserto, nos firmar na fé e mexer no nosso caráter, Ele pode nos revelar Seus propósitos para nós e através de nós. Há coisas de Deus a nosso respeito, que só nos tempos de quebrantamento e humilhação diante dEle poderemos receber e entender. Moisés recebeu a revelação dos propósitos de Deus em relação a ele e seu ministério nos tempo do deserto. Para muitos, o tempo de deserto significa uma queda ou perda de projeção na vida pessoal, familiar, financeira ou ministerial, mas o Senhor não vê assim necessariamente.

Muitas vezes só conseguimos discernir os propósitos de Deus nesses momentos. Parecia que Moisés tinha “caído” de posição, mas, na verdade, o Senhor o estava preparando para uma tremenda virada em todos os aspectos. O Senhor o estava preparando para deixar de ser um filho de princesa no Egito, para ser um príncipe de Deus, libertador de um povo. Nunca subestime o tempo do deserto, nem se encante com suas aparentes possibilidades; volte-se para o Senhor, deixe-se tratar por Ele e saia de lá como um nobre vencedor, cheio dos desafios e projetos nobres de Deus.



Concluindo, é possível que você esteja andando pela rota do deserto. A areia está escaldante, os ventos são contrários e cortantes, a noite é fria e à sua volta existe pouca ou nenhuma provisão. Para completar o quadro, o inimigo tem visitado você com propostas malignas que atraem a sua alma. O aparente diagnóstico é de fracasso, derrota e desistência.

Mas Deus não vê assim. Não se entregue, nem veja o deserto como uma tentação, mas como um tempo de provação, do qual você sairá fortalecido na fé, cheio do conhecimento do Senhor e de Seus planos. Não concorde com sua alma, nem com o inimigo, que insiste em dizer que o deserto é o fim para você. Volte-se para o Senhor, que quer lhe aperfeiçoar na caminhada e estabelecer como um príncipe guerreiro, como um nobre na Terra a serviço do Reino do Senhor.

Lembre-se que no deserto o Senhor forma Seus nobres e é do deserto que Ele levanta Seus conquistadores, como fez com Moisés, Davi e muitos outros, também fará com você! Creia que pelas mãos do Senhor, você sairá do deserto como um vencedor, sua vida nunca mais será a mesma, em nome de Jesus. Aleluia!

(por Aurélio Jesus Santos)


"Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que eu os acrisolarei e os provarei..." (Jeremias 9:7a)

a) ACRISOLAR: (1) Purificar no crisol. (2) Acendrar, purificar.

b) CRISOL: Cadinho, recipiente que é usado pelos ourives para a purificação do ouro. (Fig.) Aquilo que serve para experimentar e patentear as boas qualidades de alguém ou de alguma coisa.






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