domingo, 1 de maio de 2011

Donos do mundo

Algumas virtudes são filhas bastardas. Ninguém dá muita bola para elas, permitindo que mofem no rol das verdades que não se conectam com a vida normal. São consideradas práticas reservadas aos mosteiros, ou para quem ambiciona ser canonizado.

Quem, num mundo como o atual, gostaria de ser manso? Esta virtude que soa como fraqueza, falta de consistência ou subserviência?

Os muito machos não desejam ser mansos porque evitam parecer afeminados. As mulheres não toleram a sugestão de serem mansas porque suspeitam que exista por detrás de tal proposta, uma ideologia para reforçar a secular dominação patriarcal sobre elas.

Convém procurar desmistificar o que seja mansidão. A raiz da palavra descreve apenas uma pessoa simples, humilde, ou gentil.

Manso é quem não conquista nada pela violência e que, em seus projetos pessoais, mostra-se cuidadoso com o próximo.

As maiores ameaças à nossa humanidade estão ligadas ao poder e suas seduções. O poder nos torna arrogantes, frios, duros e inclementes. Somente a fragilidade nos torna dóceis, amáveis e de fácil relacionamento.

Tornamo-nos raquíticos quando ambicionamos o poder e nos fortalecemos quando acolhemos o singelo.

Os mansos são maleáveis, ensináveis e permitem o amadurecimento, enquanto a rigidez do poderoso o infantiliza. O simples pede: “Fale, que eu quero crescer”. O soberbo afirma: “Não preciso aprender mais nada”.

A altivez gera afastamentos, enquanto que a humildade nos capacita a conviver com o próximo. A empáfia nos impede de admitir que nosso próximo nos corrija. Assim, estancamos e nunca amadurecemos.

Quando crescemos em mansidão, aprendemos contentamento. Inúmeras tristezas nascem da frustração de sabermos que não possuímos o controle do nosso futuro; angustiados, somos tangidos, percebendo que nossa felicidade flutua de acordo com as marés circunstanciais.

Só os mansos abrem mão de suas falsas onipotências.
Só os mansos aprenderam a navegar despretensiosamente pela existência.
Só os mansos estão dispostos a perder a vida.
Só os mansos herdarão a terra.
Soli Deo Gloria.

“Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5)
“Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz” (Salmos 37:11)

(Por: Ricardo Gondim)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Você é Uma Raridade

Temos a tendência de ser ingratos. Ficamos chateados com minúcias. Se as coisas não acontecem conforme planejamos, ficamos aborrecidos, reagimos com exagerada sensibilidade, resmungamos, reclamamos, ficamos melindrados e insatisfeitos. Mas nem nos damos conta como nossa vida é boa. Espero que as comparações que li recentemente em uma revista abram nossos olhos para a realidade:

A Bíblia nos exorta: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5.18). Veja a seguir alguns dos motivos para dar graças a Deus.

Se, para efeito de comparação, reduzirmos a 100 pessoas a população mundial de mais de seis bilhões, aplicando os mesmos critérios de proporcionalidade hoje vigentes no mundo, chegaremos aos seguintes dados: Nesse grupo de 100 pessoas teríamos 57 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos e 8 africanos. Entre as 100, 52 seriam mulheres e 48 homens, 30 brancas e 70 de cor, 30 cristãs e 70 não-cristãs. Seis pessoas deteriam 59% do capital mundial, e estas seriam de origem européia. Oitenta pessoas viveriam em situações quase insuportáveis. Setenta seriam analfabetas e 50 não teriam roupas para se vestir adequadamente. Uma pessoa estaria morrendo e outra nascendo. Apenas uma teria computador e outra teria diploma universitário.

Pense no fato de que você – muito provavelmente – faz parte dos poucos privilegiados que vivem nesta terra e alegre-se por ser uma raridade. Pois, caso tenha acordado com saúde hoje pela manhã, você estará em melhor situação que milhões de pessoas que não sobreviverão à próxima semana. Se nunca esteve exposto ao perigo de uma guerra, à solidão de uma prisão, ao tormento da tortura ou à fome insuportável, então você vive muito melhor do que 500 milhões de outras pessoas. Se você pode ir à sua igreja sem ter medo de ser molestado, preso ou perseguido, ou até de ser morto por sua fé, estará vivendo melhor que três bilhões de pessoas. Se tem comida na geladeira, roupas em seu guarda-roupas, um teto sobre a cabeça e um lugar para dormir, então você é mais rico que 75% dos habitantes da terra. Se tem dinheiro no banco, na poupança ou em sua carteira, então você faz parte dos 8% de abastados deste planeta. Caso seus pais ainda sejam vivos e ainda estejam casados um com o outro, então, realisticamente, você faz parte de uma rara minoria. Se consegue entender estas linhas, você é um abençoado que sabe ler, entre bilhões de pessoas analfabetas.

Com certeza temos todas as razões do mundo para praticarmos aquilo que lemos em Efésios 5.20: "dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo". Ao mesmo tempo, devemos dedicar-nos inteiramente à tarefa de levar a mensagem da salvação, libertação e vida plena em Jesus a tantas pessoas que ainda não têm acesso a ela.

(por Norbert Lieth)


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Para quem Jesus nasceu...

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Para Zacarias

Havia em Israel um sacerdote já idoso. Diante das circunstâncias em que a história o apresenta, chego a pensar que estava mais cansado na alma que no corpo. Depois de muitos anos servindo a Deus em seus rituais sagrados, ainda carregava no coração a mágoa de não ter conseguido ser pai.

Sua esposa, também já idosa, era estéril. Era mais um dia de trabalho no Templo, precisava interceder pela fé do povo, mas a sua já não existia, havia dado nó, não encontrava mais dentro de si o significado que todo aquele serviço representava, estava seco, sem fé. “Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar?”. Assim estava Zacarias e ou ele se tornava um cínico, que quanto menos crê mais cria imagens enganosas para ludibriar o povo, ou ele se esgotava, lutando em sua própria consciência para manter sagrado seu serviço enquanto lhe faltava energia.

Enquanto cumpria a tarefa sacerdotal, um anjo lhe apareceu e declarou que ele seria pai e que seu filho teria uma tarefa especial a cumprir, ser o sacerdote que anuncia a chegada iminente do Messias. O medo de se frustrar novamente exigiu que ele não alimentasse esperanças juvenis. Um filho? Sendo eu e minha esposa já velhos! Pensou e disse. Quando o coração perde a fé, perde também seu senso histórico, fica à deriva como se tudo o que nos acontecesse fosse pela primeira vez, como se ninguém mais sofresse no mundo, como se tudo se resumisse à nossa existência naquele momento, nos tornamos o centro do Universo. É geralmente assim, o sofrimento nos faz crer que somos o centro de tudo. É a alegria que nos faz sentir apenas parte de uma existência plena. Mal lembrava ele que isso já havia acontecido com o Pai da Fé, Abraão, e duvidou da profecia.

Por isso foi abençoado com a melhor das disciplinas, deixar de falar. Que maravilhoso ser impedido de falar quando não se tem fé para crer no que se fala. Até o nascimento do filho, silêncio e expectativa.

Jesus nasce para pessoas assim, que perdendo a fé e sofrendo o esgotamento, precisam desesperadamente de novos olhos para enxergar as velhas circunstâncias. Nada melhor que os olhos da criança que ensinará a enxergar tudo como realmente é.

Para Isabel

Isabel era a esposa de Zacarias, aquela que não podia lhe dar um filho. Naqueles dias, mais ainda que em nossa cultura atual, uma mulher que não pudesse engravidar perdia completamente seu propósito na vida. Pode-se imaginar que ela acordava todas as manhãs sem saber para o quê levantar da cama. Deveria dizer pra si mesma: “não queria ter acordado hoje, queria ter morrido, a vida não tem sabor pra mim, o mundo não precisa de mim, meu esposo seria um homem mais feliz se tivesse se casado com outra pessoa. Sou uma vergonha para minha família. Vivi a vida toda e não fiz nada de relevante. Que legado deixarei para as próximas gerações? Nem serei lembrada um dia, por ninguém.”

Cada um de nós estabelece que precisa viver e experimentar alguns eventos durante a vida, sem os quais nada mais faz sentido. A sociedade, a Religião, a família dão conta de prover esse imaginário de metas a realizar a fim de que a vida tenha propósito, que vai desde nobres feitos a projetos de consumo.

Isabel precisava ser mãe de um filho nascido em seu ventre. O desejo torna-se obsessão, que é a doença que nos faz limitar toda a existência a uma única ausência. Há sempre muito mais disponível, mas apenas o que não há é o que passa a importar. Tudo o mais fica prejudicado, quando poderia ser a compensação pelo que não se tem.

Ela teve um filho, o João Batista, mas o Messias é seu primo, Jesus. A razão de tudo é Jesus. Isabel só teve o filho porque Jesus iria nascer. Deus não estava atendendo a um capricho, mas diminuindo a importância do que a obsessão projetava.

Jesus nasce para pessoas que precisam ser libertas da idolatria de seus desejos e sonhos, que precisam entender que a maior de suas realizações ainda será apenas coadjuvante do Deus menino.

Para Maria

Maria era uma menina, já noiva de um homem provavelmente mais maduro. Como toda menina daqueles dias sabia que o que lhe estava reservado era um bom casamento, ter filhos e cuidar dos seus. Feliz com a honradez de seu pai em lhe entregar a um bom homem, ela esperava o dia de seu casamento.

Um anjo lhe aparece e diz que ela ficará grávida e que terá um filho gerado por Deus. Como isso poderia ser, se ela ainda era virgem? Este milagre seria descomplicado apenas diante da situação. Ela teria de contar ao noivo e à família que estava grávida e ainda precisaria contar com o milagre de crerem na história. Por estar noiva, caso aparecesse grávida de outro homem, seria considerada adúltera e condenada à morte por apedrejamento.

Tudo lhe passa rapidamente pela cabeça. A vergonha dos pais, o rancor do noivo, o medo da morte. Talvez fosse melhor morrer a viver com o estigma de mulher sem vergonha.

E ela era só uma menina! Despreparada completamente para aquele filho! Ele chegou numa hora errada. Ela tinha tantos planos e aquela criança iria atrapalhar toda sua vida.

Muitas pessoas se sentem assim diante de uma gravidez inesperada. Todos os medos que uma mulher sente quando recebe uma notícia assim, estão previstos para Maria também. E ela decidiu aceitar o filho não como o causador de todos os seus problemas a partir de então, mas como presente de Deus.

Filho é filho! É presente! É bênção! O restante é que precisa se acomodar. O mundo ao redor é que precisa mudar.

Jesus nasce para pessoas que precisam decidir se aceitam a vida como um presente ou como um problema. Especialmente, Ele nasce através das pessoas que aceitam o desafio de viverem a vida como um presente, assim como Maria, que tendo obedecido a Deus e aceitado o desafio, abençoou a todos nós com seu filho. Deus conta com gente que aceita desafios para escrever sua história.

Para José

José era o noivo de Maria e depois de ouvir a história da moça toma uma difícil e importante decisão, perdoar. Não é fácil perdoar a mulher que ama sabendo ter sido traído por ela. Pois foi assim que José se sentiu. Ele não acreditou na história da gravidez espiritual, como já era de se esperar.

Sentiu-se humilhado pela menina, além de traído. “Como ela pôde imaginar que eu acreditaria nessa história?”, pensou.

Decidiu então fugir, à noite, sem que ninguém pudesse notar. Fez isso por amor e por misericórdia; foi seu jeito de perdoar. Se no dia seguinte resolvesse exigir seus direitos, fatalmente o pai de Maria teria de apedrejá-la em praça pública. Era seu direito como noivo traído e dever do pai. Ao decidir fugir, ele pouparia a vida da menina e seria considerado responsável pela gravidez. Todos na cidade diriam que ele fora um abusador, que engravidara a moça e fugira para não assumir sua responsabilidade. Ela seria tratada como a vítima, já não mais correria risco de morte. Perdoar é assumir o ônus. José sabia que ao fugir, ficaria com a culpa de tudo. E perdoar também é libertar-se da opressão. Ele não queria o mal à moça, abriu mão de vingança, mas também não queria ficar com ela. Perdoar é não cobrar a conta, mas não é necessariamente reatar as relações. Eu posso esquecer o que alguém me fez, mas não preciso viver sob o mesmo teto.

Assim ele pensou, arrumou as malas e esperou a hora certa de partir. Então um anjo apareceu e confirmou a história da moça. José viu-se liberado em sua consciência de limpar sua honra, podia receber Maria como esposa, criar o filho como se fosse seu.

Jesus nasce para que as pessoas que precisam perdoar tenham a salvaguarda de que não serão mais agredidas quando perdoarem, pois sempre ganha quem perde e entrega sua causa a Deus.

Para estes e tantos outros, para nós, Jesus nasceu. Minha oração nesse Natal é que sejamos guiados pelos olhos do menino que tudo enxerga como realmente é, assim experimentaremos fé, esperança e amor.

(Escrito por: Alexandre Robles)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Não Mais Maverick

"E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor" (Mateus 9:36).

Fora dos ranchos de gado do oeste americano perambulam livremente grandes bezerros, conhecidos como "mavericks" (desgarrados, sem dono). O proprietário passa a ser aquele que os encontra e coloca neles a sua marca, registrando-os em uma publicação anual local.

Uma pequena menina do oeste havia sido batizada no fim de semana anterior. Seus companheiros da Escola Bíblica lhe perguntaram se sabia o significado da formalidade pelo qual havia passado. Ela respondeu: "Bem, eu lhes direi. Eu era uma pequena maverick nas campinas e Jesus me achou e colocou Sua marca em minha testa para que, ao me ver, saiba que sou uma de Suas filhas."

Como é maravilhoso saber que não estamos mais desgarrados. Não estamos perdidos, não estamos caminhando sem rumo, não estamos sós e nem abandonados. Alguém nos achou, alguém nos deu um nome, nos acariciou e consolou, nos vestiu de vestes santas e nos preparou um lar que nos abrigará para sempre.

Sim, temos agora alguém que se importa conosco. Ele nos registrou na publicação celestial -- O Livro da Vida. Ele é o nosso Senhor e Salvador e também o Amigo verdadeiro, de todos os momentos e de todas as circunstâncias.

Éramos como os mavericks do oeste americano, mas fomos arrebanhados. Fomos trazidos para o redil do amor de Deus. Somos agora os Seus filhos... os benditos do Pai. Nós temos agora a marca do Senhor. Ele nos reconhece por onde passamos. E não somente Ele -- todos nos reconhecem. Os que deixaram de ser "maverick" brilham por onde passam e espalham o perfume de Cristo em todos os ambientes. O Senhor é o nosso Pastor e nós somos Seu rebanho abençoado.

(por: Paulo Roberto)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O PERDÃO SEMPRE VENCE!

Perdoa-nos como temos perdoado quem nos ofende.
(Oração ensinada por Jesus)

Somente quem nunca precisou perdoar é que diz que é fácil. Às vezes parece impossível. O sofrimento bloqueia a tentativa de reconciliação. O temor de que a injustiça sofrida não será corrigida nos faz desejar vingança, assim como a sensação de que o agressor ficará impune e feliz. As lembranças feridas não nos deixam esquecer. Estes são motivos suficientes para que o perdão seja tão difícil.

Todo mal praticado contra nós tem uma fonte de maldade espiritual, ninguém está sozinho ao praticar o mal. Por isso, por mais difícil que seja, perdoar é a única maneira de estancar o mal iniciado.

As agressões que sofremos de fora, evitamos quando podemos, mas não controlamos. Já o poder que elas têm de nos alterar por dentro, depende de nossa decisão. O perdão vence o mal porque o impede de crescer dentro de nós e reconstrói realidades.

É difícil perdoar, mas quem perdoa, sempre vence.

(por: Alexandre Robles)

domingo, 17 de outubro de 2010

O meu socorro vem do Senhor!

“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra.” (Salmo 121:1-2)

Muitos são os montes citados na Bíblia, com significados especiais para cada um deles. O acontecimento de um monte não se repete no outro... Cada um tem a sua especificidade, e podem representar: segurança, proteção, luz, vida, presença do Senhor, lugar de comunhão, lugar de habitação do Senhor, meta de perfeição a ser alcançada, e, ainda, os problemas ou dificuldades da vida.

Neste Salmo o autor não está olhando para um único monte, mas para “os montes”. Isto nos faz pensar que o salmista estivesse tendo uma visão panorâmica, de 360 graus, de vários montes ao redor... Será que ele estava posicionado no centro de Jerusalém, cidade rodeada de montes?... “Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.” ( Salmo 125:2 ). Ao observarmos que a inspiração poética dos salmos 121 e 125, são os montes, e a semelhança que há entre esses dois salmos, imaginamos que o autor seja a mesma pessoa. Se for, então os montes para os quais ele estava olhando eram mesmo os montes ao redor de Jerusalém.

Devido à especificidade do significado de cada monte, o salmista focaliza “os montes”, e, ao correlacionar os significados de cada monte às necessidades da sua vida, ele constata que Deus o tem socorrido sempre, em todas as áreas, então ele reafirma a sua fé no Deus Todo Poderoso, criador do céu e da terra, declarando enfaticamente: “O meu socorro vem do Senhor.”! E nos versos seguintes ele detalha esse socorro...

A expressão “Ele não permitirá que os teus pés vacilem” (v.3), aponta para socorro moral. Nos textos bíblicos, em geral, essa figura do pé que escorrega, vacila, tropeça e faz cair, caracteriza a queda moral. Deus é socorro moral, é força para o trôpego, para o fraco, para aquele que está prestes a cair.

Quando ele diz: “O Senhor guardará a tua alma” (v. 7), ele está falando de socorro espiritual e psíquico. Deus é proteção para o mundo interior, para a psiquê do homem. Protege espiritualmente, emocionalmente e psicologicamente.

Ele também se refere ao socorro físico, ao afirmar: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo mal...” (vs. 5-7). Há muito desgaste físico durante o enfrentamento dos problemas, na luta pela sobrevivência. Nessas horas, declare com fé: “O meu socorro vem do Senhor.”

Ao perceber que, na realidade, Deus é socorro para tudo o mais, o salmista diz: “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.” (v.8) . A expressão “a tua saída e a tua entrada” é uma figura de linguagem usada para indicar “tudo o que fizeres”. Deus vigia e guarda o tempo inteiro, em cada circunstância, e para sempre, ao que nele confia e espera! “não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita nem dorme o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.” (vs. 3-5).

No dia-a-dia da vida, em meio às lutas e problemas, nos momentos mais duros e cruéis, quando ocorrer a pergunta: “De onde me virá o socorro?”, olhe para “os montes” e declare em fé, sem vacilar: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”

(por: Pr. Edemar Vitorino)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um Novo Ano: Compromisso De Felicidade


"Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação" (Habacuque 3:18)


Em um dos últimos dias de dezembro, o diretor de uma escola primária disse a seus professores: "Vamos todos colocar em uma folha de papel, todos os nossos propósitos para o ano que vem, a fim de sermos melhores professores. Eu os colocarei no quadro e ali os deixarei durante todo o ano. Desta forma seremos encorajados mutuamente para que todos os nossos objetivos sejam alcançados". Os professores concordaram, e quando as resoluções foram postadas, todos se reuniram em torno do quadro de avisos para ler o que cada um havia escrito. Uma das mais jovens professoras do grupo foi acometida de um acesso de raiva. Ela disse: "A minha resolução não foi colocada no quadro". O diretor não me dá valor e não se importa com o que digo". Sem parar reclamava em voz cada vez mais alta. O diretor, que a tudo ouviu de sua sala, ficou muito atordoado. Ele havia colocado todas as resoluções e não teve intenção de excluir nenhuma. Rapidamente começou a rebuscar os papéis em sua mesa e encontrou a proposta daquela jovem professora. Correu imediatamente para o quadro e fixou-a bem em cima, em destaque. A proposta dizia: "Eu resolvo que nenhuma pequena coisa me deixará chateada no próximo ano". Ela resolveu, mas, não se comprometeu.

Se o nosso Deus nos reunisse para pedir que colocássemos em uma folha de papel todas as nossas resoluções para o novo ano, com o propósito de sermos pessoas melhores e mais felizes, o que escreveríamos? Quais seriam os nossos anseios? Quais seriam as nossas prioridades? Qual o caminho a seguir para encontrar a verdadeira felicidade?

Uma relação de bens materiais talvez estivesse em grande parte de nossas listas. Uma grande quantidade de sonhos a atingir também estariam nelas. É possível que muitos itens começassem por "Eu quero" ou "Eu desejo" ou "Eu resolvo" e quem sabe "Eu não descansarei".

Se queremos ter um novo ano verdadeiramente feliz e abençoado, a nossa lista deve começar por "Eu me comprometo"! Eu me comprometo a amar muito mais do que exigir amor. Eu me comprometo a sorrir para todos, mesmo quando não houver reciprocidade. Eu me comprometo a ser uma luz neste mundo e, como o sal, espalhar sabor e vida a todos que estão desesperançados. Eu me comprometo a estar feliz com tudo aquilo que o meu Senhor me oferecer.

Jesus estará ao seu lado em cada dia do novo ano. Comprometa-se com Ele. Comprometa-se com a felicidade.

Feliz Ano Novo!

(por Paulo Roberto)

domingo, 22 de novembro de 2009

“Não faça uma coisa dessas”

"O conselho é muito mal recebido pelos que dele mais necessitam, os ignorantes." (Leonardo da Vinci)

Mesmo que não seja levado a sério, o bom conselho não deve ser omitido, mas dado parcimoniosamente. Se for para tentar evitar a consumação de uma intenção pecaminosa, o alerta precisa ser dado com clareza e autoridade, mesmo que custe algum preço ao conselheiro.

Quando Joanã, o capitão dos judeus à época da tomada de Jerusalém pelo exército caldeu, ofereceu-se para matar Ismael em benefício da segurança de Gedalias, o governador disse-lhe de imediato: “Não faça uma coisa dessas” (Jr 40.16).

Quando o povo de Israel insistia em queimar incenso e prestar culto a outros deuses, por influência das nações vizinhas, os profetas, dia após dia, exortavam-no assim: “Não façam essa abominação detestável” (Jr 44.4).

Quando Amnon, o filho mais velho de Davi, fingiu estar doente para receber em seu apartamento a visita de Tamar, sua irmã por parte de pai, e fechou a porta para agarrá-la e deitar-se com ela, a moça gritou: “‘Não, meu irmão! Não me faça essa violência. Não se faz uma coisa dessas em Israel! Não cometa essa loucura’. Mas Amnon não quis ouvi-la e, sendo mais forte que ela, violentou-a” (2Sm 13.12-14).

Quando o governador romano Pôncio Pilatos, sentado em tribunal entre a cruz e a caldeirinha, pressionado pelo povo -- que, por sua vez, era pressionado pelos chefes dos sacerdotes -- hesitou a respeito da sorte de Jesus, sua mulher lhe enviou esta mensagem: “Não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele” (Mt 27.19). Mas, assim como Amnon, Pilatos não seguiu o conselho da esposa e agiu contra o seu próprio senso de justiça.

Quando os sobreviventes do cerco e da tomada de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor intentaram fugir para o Egito, o profeta Jeremias declarou-lhes solenemente: “Não vão para o Egito” (Jr 42.19). Mas eles desobedeceram e foram buscar a proteção do Faraó, que não valeu de nada.

Curiosamente, o ser humano está sujeito a receber e a recusar não só o bom, mas também o mau conselho. De um lado, alguns sopram em seus ouvidos: “Não faça uma coisa dessas”, “Não cometa essa loucura” ou “Não se envolva com este inocente”. De outro lado, há sempre alguém dando a voz de comando contrário. O conselho de Deus era para que o homem não comesse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, mas a serpente aconselhou a mulher a comer, e Eva, depois de comer, deu-o a seu marido (Gn 2.15-17; 3.1-4). Foi Jonadabe, amigo e primo de Amnon, quem o aconselhou a fingir-se de doente para satisfazer sua paixão sexual por Tamar (2Sm 13.3-5). Foi Jezabel quem aconselhou o marido, Acabe, a tomar criminosamente a vinha de Nabote, que ficava ao lado do palácio, o que provocou o severo juízo de Deus (1Rs 21.1-16).

Essa dupla opção é oposta entre si. Uma persegue a outra. Muitas vezes, a voz de uma e a voz da outra saem do mesmo lugar e têm a mesma energia. A força do Espírito segreda de um lado “Não faça” e a força da carne segreda do outro “Faça”. É uma verdadeira guerra civil, que durará por toda a vida terrena.

(por: Pastoral - Ultimato)


Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe tinham aconselhado e teve conselho com os jovens que haviam crescido com ele, que estavam diante dele. (1 Reis 12:8 – Almeida Revista e Corrigida)

Como é feliz o homem que não vai atrás da opinião das pessoas desligadas de Deus, que não fica à toa na companhia dos pecadores, nem participa de rodinhas onde fazem pouco caso de Deus”. (Salmo 1:1 - Bíblia Viva)

domingo, 15 de novembro de 2009

FIZ POR AMOR...

“Segui o amor…” (1 Coríntios 14:1)

“Richard, sete anos, era o penúltimo de nove filhos. Embora nunca lhe tivesse faltado atenção, tinha suas pequenas tarefas domésticas. Em uma tarde de sábado, três dias antes do Natal, minha mãe se apressava como de costume, para ultimar os preparativos. Ela pediu a Richard que subisse para engraxar os sapatos dela de domingo. Daí a pouco, Richard desceu trazendo os sapatos, orgulhoso por seu trabalho. Minha mãe ficou tão satisfeita que meteu a mão na bolsa e lhe deu 25 centavos. Vinte e cinco centavos eram quase um tesouro naquela época, especialmente a três dias do Natal, mas Richard parecia confuso. Olhou o dinheiro, pegou os sapatos e, em silêncio, subiu as escadas. Poucos minutos depois, minha mãe subiu correndo para trocar de roupa. Ao meter os pés nos reluzentes sapatos, seus dedos do pé direito toparam em algo. Ao perceber o incômodo, ela rapidamente puxou um chumaço de papel de dentro do sapato, desembrulhou-o e a moedinha de 25 centavos caiu de dentro. Escritos com garranchos de um menino de sete anos havia as palavras, ‘Fiz por amor’.”

(por Margaret Baillargeon)

O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem servindo o Senhor e não as pessoas. (Colossenses 3:23 - NTLH)

domingo, 8 de novembro de 2009

MUDANDO SEMPRE

As mudanças debaixo de medo ou insegurança são algo ameaçador, porque elas provocam a preocupação de haver a possibilidade de as coisas piorarem ainda mais. Por sua vez, nos esperançosos as mudanças produzem encorajamento, porque eles crêem que as coisas podem ficar ainda melhor. O segundo grupo acredita que basta uma pessoa para fazer uma enorme influência; essas pessoas são os autênticos realizadores. (Buck Rogers)

Pense: qual seria a sua reação se você soubesse que daqui a dez anos a sua vida iria estar exatamente no mesmo patamar de hoje? Certamente que você não ficaria entusiasmado com tal perspectiva. Essa é a razão pela qual é por demais importante tomar decisões que venham a transformar a sua vida para melhor.

Se empresas e corporações não respondessem às demandas de consumidores, certamente que estariam indo em direção à falência. Quantas vezes você já viu o anúncio da Colgate dizendo: "Nova Fórmula"? Como você acha que se sentiria ao entrar no consultório de um dentista que tivesse o mesmo equipamento de há 30 anos, em vez de contar com o mais avançado que a tecnologia pode oferecer?

Mudança não é algo que deve ser protelado. Lembre-se, porém, de que nem todas as pessoas que crescem mudam... Contudo, todas as pessoas que mudam crescem - isso com a mais absoluta certeza. Não tenha medo das decisões que você já sabe que deve tomar. Você só irá aprender a tomar decisões ao tomá-las! É dessa maneira - e pela graça de Deus - que você irá genuinamente mudar.

(por Nélio DaSilva)

O Senhor observa passo a passo a vida de quem obedece a Ele de coração. Preparou para eles uma recompensa eterna. (Salmo 37:18)






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