quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Poema do Amor-Perfeito
Cecília Meirelles perguntava:
Onde estás, Amor-Perfeito?
E sabendo-o longe, muito longe,
guardava-o no lado esquerdo do peito, noite e dia...
Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
(Cecília Meirelles, 1901-1964 )
Onde estás, Amor-Perfeito?
E sabendo-o longe, muito longe,
guardava-o no lado esquerdo do peito, noite e dia...
Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
(Cecília Meirelles, 1901-1964 )
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